Noz-pecã, Tecnologia de Irrigação por gotejamento

A nogueira-pecã (Carya illinoinensis) foi introduzida no Brasil em 1.870 no Estado de São Paulo através de imigrantes norte-americanos, porém, somente após o ano de 1.960 que iniciou a exploração comercial da cultura, sendo cultivada de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul (RASEIRA, 1990).

A produção interna da noz ainda é baixa, 6,2 mil toneladas de frutos secos em 2021, onde o Rio Grande do sul se destaca como maior produtor com 5,5 mil toneladas, seguidos dos estados do Paraná (517 t), Santa Catarina (117 t), Minas Gerais (42 t) e São Paulo (8 t), totalizando 100% da produção nacional (IBGE, 2023).

A cultura se adapta bem às regiões com regime frio adequado e boa distribuição de chuvas ao longo do ciclo produtivo. A precipitação média anual necessária para o bom desempenho da cultura, é de 700 a 1.000mm, de acordo com o estádio fenológico (MARTINS, 2021). 

A nogueira-pecã não suporta excesso de umidade ou solos encharcados por longos períodos, todavia, é sensível ao déficit hídrico, principalmente no período de frutificação. Sendo assim, é importante a implantação de um sistema de irrigação para evitar o abortamento de frutos, sobretudo em regiões com períodos de estiagem (MARTINS, 2021).

A irrigação pode ser realizada através de microaspersão ou gotejamento. Para a microaspersão, pode ser utilizados diversas opções de vazões, desde que atenda a necessidade hídrica da planta que no momento crítico pode chegar a 120L/dia. Para o gotejamento, os emissores normalmente possuem vazão de 2,6L/h com espaçamentos a cada 50cm, espessura de parede de 15 a 30 mil (380 a 762 micra) produzidos com PEAD (Polietileno de Alta Densidade) aditivados com proteção contra raios UV. Os emissores podem ser autocompensantes quando houver desnível do solo acentuado e comprimento das linhas muito longos.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS:

 

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção agrícola – lavoura permanente. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ sp/pesquisa/15/11863?tipo=cartograma&indicador=11864&ano=2020. Acesso em 08 de janeiro de 2023. 

 

MARTINS, C. R. et al. Práticas básicas do Plantio à colheita de Noz-pecã.

Pelotas: Embrapa Clima Temperado , 2021. 19p. (Circular técnica, 225).

 

RASEIRA, A. A cultura da nogueira pecã (Carya illinoensis). Pelotas: EmbrapaCNPFT, 1990. 3 p. (Comunicado técnico, 63).

Autor
Gabriel Perin