O abacate é uma fruta cujo interesse econômico cresce ano a ano. A demanda pelo abacate é crescente, estando entre os preferidos de nutricionistas devido a sua a composição nutritiva. Dentre as diversas variedades, a cultivar, a Hass é muito valorizada comercialmente, representando cerca de 90% das exportações.
Considerado de alta qualidade e produtividade quando cultivado em regiões subtropicais e com clima mediterrâneo frio.
De acordo com a FAO (2022), que ranqueou os 10 maiores produtores mundiais de abacate em 2020, o Brasil encontra-se na 7ª posição no ranking com 266.784 t em área de 16,2 mil ha. Quanto a produção interna, o estado de São Paulo é tido como o maior produtor com média de 130.202 t em 2020, seguido dos estados de Minas Gerais (80.826 t), Paraná (26.289 t), Espírito Santo (9.117 t) e Ceará (7.567 t) (IBGE, 2022).
As diferenças entre a produtividade dos estados brasileiros são causadas não somente pela diferença de área de plantio, mas pelas formas de plantio, tratos culturais e cultivares utilizadas.
No estado de São Paulo, para o avocado a colheita é realizada entre fevereiro a julho, podendo ocorrer alterações de atraso ou antecipação com manejos de nutrição e irrigação, estratégia muito utilizada para comercialização dos frutos em períodos de melhores preços e/ou atendimento do mercado exterior.
A irrigação normalmente utilizada em abacates, incluído a cultivar Hass, é a microaspersão devido a sua maior área molhada, além de fornecer a necessidade hídrica da planta mais rapidamente, excelente tecnologia e resultados, porém, deve-se tomar muito cuidado no manejo, pois o excesso de água pode causar a podridão radicular ou gomose (Phytophthora cinnamomi) principal doença a nível mundial e no Brasil.
Por esse motivo, alguns produtores e profissionais especializados na área estão tendendo a irrigação por gotejamento com disposição em linhas duplas. Essa tecnologia tem apresentado ótimos resultados não somente na carga de flores e frutos, mas também na constância na produção, melhorando o aspecto da bienidade, onde grandes cargas de frutos são produzidas durante um ano, e no ano seguinte a baixa carga de frutos.
A irrigação por gotejamento ainda facilita quanto a fertirrigação e a quimigação, economizando não somente na mão de obra, mas também na eficiência do produto utilizado.
Os tubos gotejadores normalmente utilizados possuem as seguintes características: vazão de emissores variando de 1,5 a 3,0L/h, espaçados de 50cm a 100cm dependendo do tipo de solo e espaçamento entre plantas, espessura de parede de 15 a 30mil (380 a 762 micra) produzidos com PEAD (Polietileno de Alta Densidade) aditivados com proteção contra raios UV, já os emissores podem ser compensantes ou não compensantes, dependendo do desnível da área e comprimento das linhas.
REFERÊNCIAS:
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION (FAO). FAOSTAT: food and agricultural commodities production. Disponível em: http://www.fao.org/faostat/ en/#data/QC/visualize. Acesso em: 14 de agosto de 2022.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção agrícola – lavoura permanente. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ sp/pesquisa/15/11863?tipo=cartograma&indicador= 11864&ano=2020. Acesso em 14 de agosto de 2022.
Autor
Gabriel Perin