Limão Tahiti, Tecnologia de Irrigação por gotejamento

O Tahiti é o fruto ácido de maior importância comercial no Brasil e no mercado internacional, devido a ausência de sementes, ao aroma intenso e agradável e volume de suco. Existem diversas espécies de limão, embora o ‘Tahiti’ seja uma lima ácida, é conhecido como limão pela população.

A produção brasileira de limão tahiti é a segunda maior do mundo com média de 1,58 M t, ficando atrás somente do México. Quanto a produção interna, o estado de São Paulo é tido como o maior produtor com média de 1,12 M t em 2020, representando 71% da produção nacional, seguido dos estados do Pará (159.588 t) e Minas Gerais (89.099 t), representando 10% e 6% respectivamente, os demais estados produtores somam 13% (IBGE, 2022).

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2021), o Brasil, que em 2010, exportou pouco mais de 63 mil toneladas de limas e limões, em 2020 exportou cerca de 119 mil toneladas, incremento de aproximadamente 89%.

O limão Tahiti é uma fruta com capacidade de produção durante todo o ano quando adotado as tecnologias e manejos adequados. A irrigação juntamente com manejos nutricionais e podas adequadas possibilitam produção durante todo o ano, além de utilização de técnicas de adiantamento e/ou retardamento de colheitas para atendimento do mercado.

A escolha do sistema de irrigação correto é de extrema importância e deve-se levar em consideração diversos fatores, tais como: tipos de solo, se o solo é bem drenado ou alta capacidade de retenção de água, qualidade da água, etre outros. Deve-se deve-se tomar muito cuidado no manejo pois o excesso de água pode causar gomose e podridão floral, causadas pelos fungos (Phytophthora nicotianae var. parasitica) e (Colletotrichumacutatum e C. gloeosporioides), respectivamente.

Usualmente a irrigação mais indicada para o limão é a irrigação por gotejamento, consistindo na aplicação de água em pontos determinados, abaixo da copa, diminuindo a perda de água por evaporação, consequentemente aumentando a eficiência.

Os tubo gotejadores normalmente utilizados possuem as seguintes características: vazão de emissores variando de 2,6 a 4,0L/h, espaçados de 50cm a 100cm dependendo do tipo de solo e espaçamento entre plantas, espessura de parede de 15 a 30mil (380 a 762 micra) produzidos com PEAD (Polietileno de Alta Densidade) aditivados com proteção contra raios UV, já os emissores podem ser compensantes ou não compensantes, dependendo do desnível da área e comprimento das linhas.

REFERÊNCIAS:

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção agrícola – lavoura permanente. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil /sp/pesquisa/15/0>. Acesso em: 06 de agosto de 2022.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA). AGROSTAT: Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro. Disponível em: <https://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm>. Acesso em: 06 de agosto de 2022

Autor
Gabriel Perin