Uva, Tecnologia de irrigação por gotejamento

A videira (Vitis sp.), é uma das principais frutíferas do mundo. O fruto é consumido in natura, em compotas, geleias, sucos processados e vinhos (SOUZA, 2021).

A produção nacional em 2021 foi de 1,75 milhões toneladas, onde o estado do Rio Grande do sul apresentou a maior produção com (951 t), seguidos dos estados de Pernambuco (421 t), São Paulo (169 t), Bahia (71 t), Santa Catarina (60 t), Paraná (46 t) e Minas Gerais (20 t) os demais estados representam pouco mais de 0,5% da produção nacional (IBGE, 2022).

Para uma boa produtividade da videira, é recomendado que o desenvolvimento vegetativo da planta ocorra sob déficit hídrico e que as necessidades hídricas em cada fase da cultura sejam supridas através da irrigação (ALBUQUERQUE et al., 2013), caso contrário a falta de água pode limitar a produção e a qualidade da fruta, principalmente se o déficit hídrico ocorre entre a floração e o início da maturação (FERREYRA et al., 2006).

Os sistemas de irrigação mais usuais na cultura da uva, são microaspersão e gotejamento, onde para a escolha correta os seguintes fatores devem ser levados em consideração: disponibilidade hídrica, manejo da cultura e irrigação. Esse fator é muito importante pois pode prejudicar a cultura se irrigado da forma errada, fertirrigação, tipo de solo, topografia, clima, custo de implantação entre outros.

Para microaspersão, normalmente se utiliza emissores posicionados em linhas simples suspensas, com vazão entre 60 a 80 L/h com sistema autocompensante e antidrenante, tendo em vista que trabalhará invertido. 

Já para gotejamento, os tubogotejadores podem ser instalados em linhas simples ou duplas, no nível do solo ou suspensas, com vazão de emissores entre de 1,5 a 2,6L/h, espaçados de 50cm a 100cm dependendo do tipo de solo e espaçamento entre plantas, espessura de parede de 15 a 25mil (380 a 635 micra) produzidos com PEAD (Polietileno de Alta Densidade) aditivados com proteção contra raios UV. Os emissores podem ser autocompensantes ou não, dependendo do desnível da área e comprimento das linhas de plantio. 

 

REFERÊNCIAS:

 

ALBUQUERQUE, A. H. P.; VIANA, T. V. A.; MARINHO, A. B.; SOUSA, G. G.; AZEVEDO, B. M. Irrigação e fertirrigação potássica na cultura da videira em condições semiáridas. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 43, n. 3, p. 315-321, 2013.

 

FERREYRA, R.; SELLES, G.; SILVA, H.; AHUAMADA, R.; MUÑOZ, I.; MUÑOZ, v. Efecto Del água aplicada em las relaciones hídricas y productividad de la vid

‘Crimson Seedles’. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, jul. 2006. v.41, n.

7, p. 1109-1118.

 

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção agrícola – lavoura permanente. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ sp/pesquisa/15/11863?tipo=cartograma&indicador=11864&ano=2020. Acesso em 29 de outubro de 2022. 

 

SOUZA, J. A. S.; FERNANDES, T. F. S. Panorama da produção de uvas de mesa no Brasil. Revista Campo & Negócios. Disponível em: https://revistacampo enegocios.com.br/panorama-da-producao-de-uvas-de- mesa-no-brasil/. Acesso em: 29 de outubro de 2022.

Autor
Gabriel Perin