Caju,Tecnologia de Irrigação por gotejamento

O cajueiro (Anacardium occidentale L.) possui elevada importância para a agricultura de regiões semiáridas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico de diversas regiões por meio da exploração comercial da castanha e do pseudofruto (TARSITANO et al., 2010)

Em 2021 o Brasil ficou em 10º lugar no ranking de maiores produtores de castanha-de-caju do mundo com aproximadamente 101,1 mil toneladas, ficando atrás da Costa do Marfim (837,8 mil t), Índia (738,0 mil t), Vietnã (399,3 mil t), Tanzânia (210,8 mil t), Indonésia (170,5 mil t), Benim (150,4 mil t), Moçambique (135,2 mil t), Guiné-Bissau (122,3 mil t) e Nigéria (118,6 mil t) segundo dados da FAO (2023).

Quanto a produção interna, o estado do Ceará se destaca como o estado de maior produção com 62,9 mil toneladas, seguidos pelos estados do Piauí (19,0 mil t) e Rio Grande do Norte (16,9 mil t), os demais estados produtores somam pouco mais de 12% da produção (IBGE, 2023).

A irrigação é muito utilizada no cultivo intensivo do cajueiro-anão, apresentando aumento na qualidade e produtividade do produto final.

Segundo Oliveira (2008), estima-se uma lâmina de 10 a 20 L planta/dia no primeiro ano de plantio, e de cerca de 109 L planta/dia, para plantas adultas em plena fase de produção.

A escolha do sistema de irrigação depende da disponibilidade de água, tipo de solo e o tipo de produto a ser explorado (castanha ou fruto in natura), entre outros fatores.

Para a microaspersão, é normalmente utilizado microaspersores com vazões variando de 40 a 70 L/h posicionados nas entre plantas, podendo ou não ser autocompensante, o qual depende do comprimento da linha e desnível do terreno.

Quanto aos tubogotejadores, possuem como características: emissores com vazão de 2,0 a 4,0 L/h, espaçados de 50 a 100cm, podendo-se utilizar linhas de gotejamento duplas, dependendo do espaçamento de plantio e tipo de solo, espessura de parede de 15 a 25 mil (380 a 635 micra) produzidos com PEAD (Polietileno de Alta Densidade) aditivados com proteção contra raios UV.

REFERÊNCIAS:
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION (FAO). FAOSTAT: food and agricultural commodities production. Disponível em: https://www.fao.org/faostat/ en/#data/QI. Acesso em: 8 de abril de 2023.

 

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção agrícola – lavoura permanente. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ pesquisa/15/0. Acesso em 8 de abril de 2023.  

OLIVEIRA, V. D. sistemas de produção: cultivo do cajueiro anão precoce. 2008, 44p.

 TARSITANO, M. A. A.; ARAÚJO, D. C.; COSTA, T. V.; COSTA, S. M. A. L.; SANTANA, A. L. Custos de comercialização e mercado do caju in natura na regional de Jales, Estado de São Paulo. Informações Econômicas, São Paulo, v.40, n.4, p.12-20, 2010.

Autor
Gabriel Perin