Pimenta do Reino, Tecnologia de Irrigação por gotejamento

A pimenta-do-reino (Piper nigrum L.), também conhecida como pimenta negra ou pimenta da Índia é a especiaria mais importante comercializada mundialmente.

Em 2021 o Brasil ficou com o 2ª lugar no ranking de maiores produtores de pimenta-do-reino do mundo com aproximadamente 118 mil toneladas, ficando atrás apenas do Vitnã, que no mesmo período produziu 288 mil toneladas, segundo dados da FAO (2023).

Quanto a produção interna em 2021, o Espírito Santo se destaca como o maior produtor nacional com aproximadamente 72,0 mil toneladas, seguido pelos estados do Pará (35,4 mil t) e Bahia (9,0 mil t), os demais estados produtores somam pouco mais de 1% da produção nacional (IBGE, 2023).

Trata-se de uma cultura sensível ao estresse hídrico, onde a deficiência de água durante os estágios  podem causar diversos prejuízos: entre o florescimento e o desenvolvimento das bagas – afeta severamente a sua produtividade; durante os estágios iniciais – afeta o desenvolvimento da área foliar e alongamento das folhas (SIVARAMAN et al. 1999 apud CRUZ, 2020)., Neste sentido, o manejo da irrigação é de extrema importância e deve ser conduzida adequadamente conforme as necessidades hídricas das plantas, de forma a proporcionar aumento na produção e aumento da qualidade do produto final.

Os tubogotejadores normalmente utilizados na irrigação da pipericultura possuem as seguintes características: vazão de emissores variando de 1,5 a 2,6L/h, com espaçamentos a entre 50 a 100cm dependendo do espaçamento de plantio utilizado e tipo de solo, espessura de parede de 15 a 30 mil (380 a 762 micra) produzidos com PEAD (Polietileno de Alta Densidade) aditivados com proteção contra raios UV. Os emissores podem ser autocompensantes quando houver desnível do solo acentuado e comprimento das linhas muito longos.

REFERÊNCIAS:

 

CRUZ, E. S. Crescimento inicial de plantas de pimenta do reino: substratos, regimes de irrigação e biocontrole de Fusaruim spp. com Trichoderma spp. 2020. Tese (Doutorado) –  Ciência do solo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2020.

 

FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION (FAO). FAOSTAT: food and agricultural commodities production. Disponível em: https://www.fao.org/faostat/ en/#data/QI . Acesso em: 06 de janeiro de 2023.

 

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção agrícola – lavoura permanente. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ sp/pesquisa/15/11863?tipo=cartograma&indicador=11864&ano=2020. Acesso em 06 de janeiro de 2023. 

 

Autor
Gabriel Perin